Wednesday, October 31, 2007

Obra sobre importância da integração de Planos Diretores Municipais

Obra sobre importância da integração de Planos Diretores Municipais já está disponível para download gratuito
Fonte: Programa Habitare

Será lançado em São Paulo no dia 6 de novembro o livro ´Planos Diretores Municipais: interação regional estratégica`, que traz diretrizes para a abordagem regional na elaboração de Planos Diretores. A publicação é resultado de um projeto de pesquisa financiado pelo Programa de Tecnologia de Habitação (Habitare), da Finep. Os estudos foram desenvolvidos por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), sob coordenação do professor Carlos Geraldo Luz de Freitas. Segundo ele, o livro foi organizado levando em conta que as potencialidades e os problemas na gestão adequada do uso do solo extrapolam os limites geopolíticos das cidades. A publicação já está também disponível para download gratuito na seção ´Publicações` do Portal Habitare (http://www.habitare.org.br/publicacao_colecao8.aspx).

A obra aborda princípios do Estatuto da Cidade, da função social e de direito urbanístico, além de questões relacionadas à autonomia e limites de atuação. Enfoca também temas regionais de interesse social, como processo de ocupação, áreas de risco, patrimônio histórico, artístico arqueológico e turístico, mobilidade e logística, sistema viário, atividades econômicas, equipamentos e serviços públicos, entre outros.

De acordo com o autor, buscou-se a compreensão das relações entre as principais atividades produtivas de municípios de uma mesma região geoeconômica, além de possibilidades de integração de ações de política pública e propostas para estabelecer parcerias. A obra traz também modelos alternativos de gestão regional, como possibilidade de permitir sua incorporação ao planejamento. Traz ainda procedimentos metodológicos que devem ser adaptados e complementados de acordo com as necessidades de desenvolvimento de cada região.
Em breve a publicação será disponibilizada para download gratuito no Portal Habitare – www.habitare.org.br. Outras 16 obras já estão disponíveis no site do programa. O Habitare é financiado pela Finep desde 1994, com o objetivo de desenvolver tecnologias no campo do ambiente construído. Conta também com apoio da Caixa Econômica Federal e do CNPq.
Mais informações sobre o livro: cege@ipt.br

Serviço
O lançamento:
Data: 6 de novembro de 2007
Horário: 14h30
Local: Auditório do ILP - Instituto do Legislativo Paulista/Alesp
Av. Sargento Mario Kozel Filho, s/n - Ibirapuerra - São Paulo - SP - CEP 04097-900 - PABX: 3886-6288


Saiba Mais:
Livros disponibilizados para download no portal www.habitare.org.br:

Coletânea Habitare:
Volume 1: Inserção Urbana e Avaliação Pós- Ocupação (APO) da Habitação de Interesse Social

Volume 2: Inovação, Gestão da Qualidade & Produtividade e Disseminação do Conhecimento na Construção Habitacional

Volume 3: Normalização e Certificação na Construção Habitacional

Volume 4: Utilização de Resíduos na Construção Habitacional

Volume 5: Procedimentos de Gestão Habitacional para População de Baixa Renda

Volume 6: Inovação Tecnológica na Construção Habitacional

Volume 7: Construção e Meio Ambiente


Coleção Habitare:
- Habitação social nas Metrópoles brasileiras: Uma avaliação das políticas habitacionais em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo no final do século XX

- Pluralismo na Habitação

- Avaliação Pós-ocupação: Métodos e Técnicas Aplicados à Habitação Social

- Habitação e meio ambiente – abordagem integrada em empreendimentos de interesse social

- Habitação e Encostas

- Características da habitação de interesse social na região de Florianópolis: desenvolvimento de indicadores para melhoria do setor

- Anais do Seminário de Avaliação de projetos IPT em habitação e meio ambiente: assentamento urbanos precários

Série Recomendações Técnicas
Volume 1: Revestimentos de Argamassas: boas práticas em projeto, execução e avaliação
Volume 2: Mutirão Habitacional: Procedimentos de Gestão
Volume 3: Planejamento de canteiros de obra e gestão de processos

Fonte: Assessoria de Comunicação do Programa Habitare
www.habitare.org.br

Centro de BH recupera prestígio no mercado imobiliário

Centro de BH recupera prestígio no mercado imobiliário
Denise Menezes - Estado de Minas

Enviada por : Luis Valverde

Ações empreendidas pelo poder público já repercutem nos resultados das empresas do setor

Gladyston Rodrigues/Especial para o EM

Márcia Maria comprou apartamento no Centro para usá-lo enquanto escreve sua tese


A segurança mais eficiente, com a vigilância das câmaras do Programa Olho Vivo em pontos estratégicos, a retirada dos camelôs das vias públicas e a restauração de praças, calçadas e edificações históricas são exemplos de iniciativas implementadas pelo poder público, nos últimos quatro anos, que deram nova vida ao hipercentro de Belo Horizonte e já começam a se refletir na valorização dos imóveis da região.

Entre os sinais de recuperação do mercado local estão o crescimento acelerado da demanda por lojas e salas e o retorno de investimentos em empreendimentos residenciais, como o Edifício Chiquito Lopes, inaugurado no início do mês. O prédio, inicialmente de uso comercial, foi recuperado e transformado num moderno condomínio residencial pela Construtora Diniz Camargos, com investimento de cerca de R$ 10 milhões.

“Essa iniciativa mostra que os empreendedores voltam a se interessar pelo centro, que começa a recuperar seu prestígio, depois de anos de abandono e degradação”, diz o presidente do Sindicato do Mercado Imobiliário e das Administradoras de Condomínios de Minas Gerais (Secovi-MG), Ariano Cavalcanti. Ele avalia que as ações de revitalização do hipercentro, principalmente a retirada dos camelôs das ruas, associadas à recuperação econômica do país, estão permitindo um desenvolvimento qualitativo da região, com o retorno e instalação de grandes lojas e escritórios de importantes empresas.

Já o empresário Teodomiro Diniz Camargos, diretor da Diniz Camargos, considera que com mais segurança e um espaço urbano requalificado o centro voltou a ser um bom lugar para se morar, principalmente para idosos, jovens casais, solteiros e estudantes. “A região tem toda uma infra-estrutura de serviços e lazer e é servida por linhas de ônibus que fazem ligação com qualquer ponto da cidade”, observa.

Em negociações para lançar um novo empreendimento residencial no hipercentro, Teodomiro acredita que a região pode, inclusive, atrair, a exemplo do que ocorre em Nova York e Londres, moradores de alto poder aquisitivo, que já trabalham ou estudam no local. “É o resgate de um modo de vida antigo, em que é possível, sem a necessidade de carro ou grandes deslocamentos, ter acesso a tudo: trabalho, estudo, serviços, lazer e cultura. Isso já é realidade nas grandes metrópoles do mundo e BH começa a fazer parte desse circuito”, afirma.

Sunday, October 28, 2007

Mundo Sustentável

Fonte:Cidades e Soluções
André Trigueiro

Os programas que já foram ao ar - exibidos na Globo News, no
Canal Futura, na Globo Internacional e no sinal aberto da parabólica da Rede
Globo - permanecem acessíveis na internet no site
www.mundosustentavel.com.br
http://www.mundosustentavel.com.br

Urbanização
http://www.mundosustentavel.com.br/globo_22_10.asp

Como neutralizar emissões de CO2
http://www.mundosustentavel.com.br/globo_26_11.asp

Tijolo Ecológico
http://www.mundosustentavel.com.br/globo040307.asp

Construções com Bambu

http://www.mundosustentavel.com.br/globo280407.asp

Daniel Turi
Secretário-Geral
Instituto iBiosfera - Conservação & Desenvolvimento Sustentável
Organização sem Fins Lucrativos
daniel.turi@...
www.ibiosfera.org.br

Nossa missão é comprovar que através da democracia e da utilização de
técnicas adequadas, seja possível atingir os níveis máximos de satisfação
que foram estabelecidos na conferência ECO-92.
Trabalharemos constantemente buscando conciliar o desenvolvimento humano e a
conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.
Apostamos na boa vontade humana e que ainda é tempo de se trilhar um caminho
mais próspero para a vida humana e consequentemente para toda a vida na
Terra.

Tuesday, October 23, 2007

Plano Municipal de Habitação

PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
Fonte: Ministério Das Cidades

A nova Política Nacional de habitação definida pelo Ministério das Cidades, a partir de 2004, estabelece a implantação do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social - SNHIS (Lei Federal 11.124/2005), ao qual estão integrados o Fundo Nacional de Habitação - FNHIS e o seu Conselho Gestor. O novo Sistema Nacional de Habitação tem como prioridade a aplicação de recursos federais para a redução do déficit habitacional concentrado nas faixas de renda de até 03 salários mínimos, bem como para a regularização dos assentamentos precários, tendo o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social como eixo estruturador.

De acordo com os termos da Lei Federal nº. 11.124/05 que instituiu o SNHIS a elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social é um dos requisitos básicos para que estados e municípios possam proceder ao Termo de Adesão, habilitando-se a receber os recursos do FNHIS. Para isso, também é exigido a constituição dos fundos e conselhos gestores locais.

Visando a adesão do Município de Salvador ao SNHIS, a Sehab em março de 2007, com a consultoria do Instituto Via Pública (SP), deu início à elaboração do Plano Municipal de Habitação (PMH), contemplando os princípios e diretrizes de atuação da Sehab, bem como a indicação de novos avanços, compatibilizados às iniciativas do governo federal. Esta ação inclui-se no conjunto das demais ações do Plano Estratégico Municipal para Assentamentos Subnormais - PEMAS, financiado pelo Programa Habitar Brasil/BID (Ministério das Cidades), especificamente através do Subprograma de Desenvolvimento Institucional.

O Plano Municipal de Habitação deverá seguir a estrutura básica proposta no documento Guia de Adesão, exigido pelo Governo Federal, devendo conter: diagnóstico, objetivos, metas, diretrizes e instrumentos de ação de intervenção nas questões habitacionais do município, segundo os seguintes eixos de atuação da Sehab:

1. melhoria das condições de habitabilidade dos bairros populares;
2. regularização urbanística e fundiária de áreas de ocupação informal, de interesse social;
3. fomento e gestão da produção de novas moradias;
4. desenvolvimento institucional, planejamento e informações habitacionais.

Monday, October 22, 2007

Encontro discute propostas do Sudeste para o Plano Nacional de Habitação

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Representantes da área habitacional nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal), acadêmicos, empresários e líderes de movimentos sociais começaram a discutir hoje (18) as sugestões da Região Sudeste para o Plano Nacional de Habitação (PlanHab). As propostas em discussão são dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para resolver o problema da falta de moradia ou das condições precárias de habitação.

No primeiro seminário, realizado no início deste mês em Goiânia, foram analisadas sugestões de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, além do Distrito Federal.

Segundo a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, estão previstos cinco encontros para discutir propostas de todas as regiões do país para definir “quando, como e onde devem ocorrer os investimentos habitacionais”. O objetivo é tirar “um retrato o mais fiel possível das diferenças regionais” e definir o papel de cada um dos atores: governo, movimentos sociais e setor privado, disse Inês.

A secretária lembrou que o déficit de moradias é estimado hoje no país em 7,9 milhões. O total passa para 12 milhões quando se dimensiona a quantidade de habitações inadequadas, onde há adensamento populacional, pessoas vivendo sob o mesmo teto em espaço insuficiente para o conforto de todos. De acordo com Inês, a competência de responsabilidades dividida nos três níveis de governo está prevista na Constituição de 1988. Para uma estratégia nacional, além do governo cabe ouvir todos “os demais atores”, disse ela.

O PlanHab deverá incluir diretrizes para quatro planos plurianuais de investimentos, envolvendo recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) . O orçamento do governo federal para o setor de habitação é de cerca de R$ 14 bilhões. Incluindo os demais meios de aportes, inclusive, recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o total chega a R$ 146 bilhões.

Inês Magalhães lembrou que toda a política do governo federal é voltada principalmente para o atendimento das necessidades de famílias com faixa de renda de até cinco salários mínimos, mas ressaltou que o desafio de enfrentar a situação passa pela questão da terra. “Não existe habitação sem terra, e havia uma tradição, que está sendo superada, de que os planos diretores não tratavam explicitamente: onde vão morar os pobres, onde viabilizar habitações de interesse social”.

A diretora da Secretaria Nacional da Habitação do Ministério das Cidades, Júnia Santa Rosa, que também participou do seminário, disse a Região Sudeste responde por 36% do déficit de moradias no país. Para o secretário estadual da Habitação e coordenador da Região Sudeste do Fórum Nacional de Secretários da Habitação, Lair Krähenbühl, o encontro “caminha para a efetivação de uma parceria”. O tema estará em discussão até o final do dia de amanhã (19).

Para Benedito Barbosa, da Central da União de Movimentos por Moradia, é essencial que haja uma participação do conjunto da sociedade na solução do problema. Ele informou que existem na cidade de São Paulo cerca de 2,5 milhões de pessoas vivendo em favelas e mais 3,5 milhões em loteamentos irregulares, “ocupando encostas e áreas de risco”.

Além disso, acrescentou, só na região central da cidade estão espalhadas cerca de 600 mil pessoas em cortiços. “Numa população de dez milhões de habitantes, mais de 50% têm algum problema de moradia, o que é extremamente grave, e o mesmo está ocorrendo em outras grandes metrópoles, como o Rio de Janeiro”, afirmou.

Friday, October 05, 2007

Plano Nacional de Habitação




Plano Nacional de Habitação
Fonte: Ministério das Cidades /CRECI-SC

O Ministério das Cidades participou na terça-feira (25/09) de reunião preparatória dos seminários regionais que vão debater o Plano Nacional de Habitação(PlanHab)A representante do MCidades foi a diretora de Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Habitação (SNH/MCidades), Júnia Santa Rosa. Participaram também da reunião representantes do Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Habitação e da Associação Brasileira de Cohabs (ABC).


O calendário das reuniões regionais foi definido conjuntamente com as duas entidades e prevê cinco encontros. O primeiro acontece em Goiânia-GO, nos dias 4 e 5 de outubro. Os demais acontecerão em São Paulo-SP (18/10 e 19/10), Foz do Iguaçu-PR (31/10 e 1º/11), Recife-PE (6/11 e 7/11) e Belém-PA (22/11 e 23/11).

Entre os objetivos dos seminários estão: identificar a diversidade regional da questão habitacional, qualificar os investimentos públicos em habitação, descobrir entraves institucionais legais e financeiros no setor, além de iniciar o processo de elaboração dos planos estaduais de Habitação.
Os participantes dos seminários serão escolhidos pelos governos estaduais, em parceria com os seguintes segmentos, conforme definido pelo Comitê Técnico de Habitação do Conselho Nacional das Cidades: movimentos sociais, empresários, trabalhadores, ONGs, entidades profissionais e acadêmicas.

O Plano Nacional de Habitação é um conjunto de regras que visa estabelecer os principais critérios para a elaboração de uma política nacional de habitação. Entre os ítens a serem colocados estão: as diretrizes e metas físico-financeiras regionalmente; linhas de financiamento, fontes de recursos; identificação de áreas prioritárias; orientação para a elaboração dos PPA, das LDOs estabelecimento de mecanismos e instrumentos de articulação do PlanHab com outros planos, programas e ações, entre outros.

Os seminários regionais têm a missão de realizar as seguintes ações: debater o PlanHab pela ótica regional; identificar diversidade regional da questão habitacional que sirva de subsídio ao PlanHab; identificar os processos locais de produção de moradia; qualificar as informações dos Estados (investimentos próprios, programas desenvolvidos, quantificação da produção e custos da terra e da moradia); identificar entraves institucionais, legais e financeiros no setor habitacional; mapear os principais pontos de conflito em torno da questão habitacional na região; e desencadear processos de elaboração dos planos estaduais de habitação.

A Programação preliminar dos seminários regionais foi proposta para que cada seminário regional tenha duração de dois dias.

Novo livro Habitação Social ( download)

Novo livro sobre habitação social está disponível para download gratuito

Já está disponível para download gratuito no site www.habitare.org.br o livro ´Habitação social nas metrópoles brasileiras: uma avaliação das políticas habitacionais em Belém, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo no final do século XX`. A obra faz parte da série Coleção Habitare, editada pelo Programa de Tecnologia de Habitação (Habitare), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio da Caixa Econômica Federal.

A publicação traz o relato de pesquisas que permitiram a avaliação de políticas habitacionais nas seis regiões metropolitanas. Apoiados pelo Programa Habitare, os estudos foram desenvolvidos por uma rede de instituições e liderados pelo Observatório das Metrópoles, ligado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ).

Organizado em 16 capítulos, o livro contempla cenários gerais para cada região, assim como estudos específicos: o Programa Camaragibe, desenvolvido na periferia metropolitana do Recife; o Favela-Bairro, no Rio de Janeiro; as Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS), em Diadema, e os mutirões da Companhia do Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em São Paulo. Avalia também a experiência dos conjuntos Paraíso dos Pássaros e Vila da Barca, na Região Metropolitana de Belém; do Residencial Asca e do Conjunto Granja Freiras III, em Belo Horizonte , e dos condomínios dos Anjos e Lupicínio Rodrigues, em Porto Alegre.

De acordo com o organizador, professor Adauto Lúcio Cardoso, do IPPUR/UFRJ, os estudos mostram forte presença dos governos locais na construção da habitação de interesse social. Revelam também a importância crescente das organizações não-governamentais e do papel dos movimentos de moradia, assim como o considerável potencial técnico e político que vem sendo acumulado no desenvolvimento da construção habitacional. Os levantamentos indicam ainda importante capacidade de inovação, muitas vezes disseminada entre municípios vizinhos.

Do ponto de vista técnico, os mapeamentos apontam melhoria nas técnicas e na qualidade do trabalho em mutirões, embora as avaliações reconheçam a permanência de problemas significativos. Em vários municípios foram também constatadas inovações em termos de gestão, com ampla participação da população. Permanece, no entanto, a carência de recursos destinados a combater o déficit habitacional brasileiro e o problema da gestão de regiões metropolitanas.

O Plano de Divulgação do Programa Habitare, que vem permitindo a edição de diversas obras, tem apoio da Caixa Econômica Federal. O objetivo é divulgar os resultados do Programa de Tecnologia de Habitação entre públicos diversos. Visite a seção Publicações do site www.habitare.org.br e veja os livros já disponíveis para download.

Mais informações:

Adauto Lúcio Cardoso
UFRJ - IPPUR



Fonte: Programa Habitare/Finep

Monday, October 01, 2007

Especial Habitação- Jornal do Comércio ( 01/10/2007)





Links - Jornal do Comércio ( Especial Habitação)
Jornalista- Carolina Benevides

http://www.clipnaweb.com.br/prefeitura/consulta/materia.asp?mat=65060

http://www.clipnaweb.com.br/prefeitura/consulta/materia.asp?mat=65062

http://www.clipnaweb.com.br/prefeitura/consulta/materia.asp?mat=65063

http://www.clipnaweb.com.br/prefeitura/consulta/materia.asp?mat=65065

Encontro traça cenário do déficit habitacional

Encontro traça cenário do déficit habitacional
Salvador - O Brasil precisa, no mínimo, de 400 mil novos imóveis para equacionar o déficit habitacional.
17 de Agosto de 2007


"O Brasil ainda não encontrou o caminho para fazer um programa efetivo de combate ao déficit habitacional", afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, durante o 1 Fórum Nacional de Habitação Social, em Salvador. Os dados divulgados pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério das Cidades indicam que a falta de oito milhões de moradias no País está concentrada nas famílias com renda de até cinco salários mínimos, que representam 96,3% do total.
Com dificuldade de acesso a crédito em virtude da baixa renda, essa parcela da população precisa de subsídios para a aquisição da casa própria. No Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão sendo liberados, este ano, R$ 13 bilhões para urbanização de favelas e mais R$ 1 bilhão pelo Fundo Nacional de Habitação Social, segundo Cid Blanco, do Ministério das Cidades.
Para o presidente da CBIC, apesar de a medida ser necessária e bem-vinda, o governo sinaliza que vai cuidar apenas da substituição de moradias de alto risco, quando é importante que haja investimento na construção de novas unidades que acompanhem o crescimento da população. "Com esse tipo de projeto não se resolve o déficit, embora seja louvável a solução desses problemas graves", afirmou. Segundo Simão, o Brasil precisa, no míni-mo, de 400 mil novos imóveis por ano para começar a equacionar o déficit habitacional.
"Países latino-americanos como o México e o Chile já começam a eliminar o problema com medidas inspiradas no extinto Banco Nacional de Habitação (BNH)", lembrou Simão, destacando que o país mexicano produz atualmente 700 mil novas unidades por ano, enquanto a média brasileira dos últimos quatro anos foi de 80 mil imóveis novos, sendo que neste ano a expectativa é de 150 mil.
Recursos
Na avaliação de Paulo Simão, existem recursos para a habitação social, senão não seriam desviadas verbas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a infra-estrutura. "Falta vontade política do governo em combater o déficit habitacional, embora reconhecemos que houve grande avanço nos últimos cinco anos no setor imobiliário nacional. O Sistema Financeiro de Habitação bate recorde todo mês, mas não atende a demanda maior, que é a da população de baixa renda."
Se o governo não atende a demanda satisfatoriamente, Simão diz que o setor privado pode atender às necessidades de moradia da população de baixa renda. "Mas é necessário que se facilite o acesso dos agentes financeiros privados aos recursos do FGTS, operado apenas pela Caixa." Além disso, considera ele, é preciso criar regras para agilizar e motivar a iniciativa privada a atender esse segmento de mercado, com a regulamentação fundiária, maior celeridade dos registros nos cartórios e reforma tributária para desonerar a produção de habitação social.
Já no Fórum Norte Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC), a presidente do encontro, Betinha Nascimento, fez questão de mostrar indignação com a distribuição regional dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). Segundo ela, até 2006 o SBPE aplicava 80% dos recursos no Sul/Sudeste e apenas 20% no Norte/Nordeste. A mobilização dos empresários nordestinos, que resultou em duas audiências públicas no Congresso Nacional, uma em 2005 e outra em 2006, acabou gerando melhora, aumentando de 20% para 30% o percentual de recursos do SBPE aplicados na região Norte/Nordeste.
Betinha não considera pertinente a alegação dos bancos de que as empresas da região sul são mais capitalizadas e que a renda per capita é maior. Ela convoca os empresários do Norte/Nordeste a continuarem pressionando a fim de que esse paradigma histórico seja quebrado. "Vamos chegar aos 50%", assegura, lembrando da obrigatoriedade dos bancos de investir 65% no setor, o que, segundo ela, não vinha sendo feito. "As operações de investimentos do sistema vinham sendo canalizadas para outros segmentos", observou Betinha. O presidente do Sinduscon-BA, Vicente Mattos, apoiou a formação de um bloco que venha a defender os interesses das regiões.
A presidente do FNNIC cobrou mais recursos e realinhamento do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), administrado pela Caixa e pelo Ministério das Cidades. Betinha alertou mais uma vez para a disparidade na distribuição dos recursos, informando que apenas 30% das aplicações do PAR vão para o Nordeste.
Entre as ações que, segundo o vice-presidente da Caixa, Jorge Hereda, começam a mudar para melhor o cenário do crédito imobiliário estão a redução das taxas de juros - tanto do SBPE como FGTS -, a elevação dos prazos de amortização, a revisão de cotas de financiamento e a flexibilização do auxílio de risco de crédito, entre outras. Essas medidas, segundo Hereda, vão reduzir o déficit habitacional nas camadas de baixa renda e sobretudo ampliar o acesso para as famílias de classe média.
Esse otimismo também é comungado com o gestor de Crédito do Bradesco Imobiliário e diretor da Abecip, José Aguiar, que ministrou palestra sobre as perspectivas de operação dos recursos do SBPE no Norte e Nordeste. Segundo ele, a melhoria dos indicadores econômicos do Brasil vem estimulando os investidores internacionais. "O nível de confiança no Brasil está em alta. Hoje, o crédito imobiliário não é obrigação, é negócio", apostou, acrescentando que o desafio do Norte/Nordeste está em reeducar os compradores e buscar financiamentos nos bancos.
Estabilidade
José Aguiar disse que a estabilidade econômica do Brasil, assegurada pela redução das taxas de juros, pela melhoria dos níveis de renda e empregabilidade, pela diminuição dos desequilíbrios nos contratos e pela melhoria dos índices de inadimplência, está alavancando o mercado imobiliário. Ele informou que em 2006 o Bradesco previu R$ 2 milhões de investimento no setor, montante elevado em 2007 para R$ 3 milhões, dos quais R$ 1,5 milhão já foi aplicado. "Os compradores estão voltando aos bancos", comentou.
kicker: Falta de 8 milhões de moradias no País está concentrada nas famílias com renda de até cinco salários mínimos
kicker2: Com dificuldade de acesso a crédito, grande parcela da população precisa de subsídios para adquirir a casa própria
(Gazeta Mercantil/Gazeta do Brasil - Pág. 12)(José Pacheco Maia Filho)
Gazeta Mercantil - SP - 17/08/2007