Thursday, September 23, 2010

3 milhões vivem precariamente em SP

Power Point - Apresentação PLHIS - São Paulo


São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010





3 milhões vivem precariamente em SP
Cidade precisa de 700 mil novas moradias e da adequação de 670 mil cortiços até 2024, diz plano de habitação

Metas propostas por conselho de habitação foram apresentadas ao prefeito; deficit atual é de 130 mil unidades

DE SÃO PAULO
Com 3 milhões de paulistanos vivendo em assentamentos precários, São Paulo vai precisar de mais de 700 mil moradias e da adequação de 670 mil cortiços até 2024.
Essas são algumas das metas do plano municipal de habitação, apresentado ontem ao prefeito Gilberto Kassab (DEM). O projeto foi elaborado nos últimos cinco anos pelo Conselho Municipal de Habitação, a partir de levantamento da demanda.
O estudo constatou que o deficit hoje é de 130 mil unidades. Até 2024, esse número deve chegar a 610 mil.
Para reverter essa situação, seriam prioridades a urbanização de assentamentos precários, a criação de sistema de subsídio para aluguéis e a construção de moradias.
Segundo o conselho, serão necessários R$ 3,4 bilhões ao ano -o orçamento hoje é de R$ 1,2 bilhão. Para o secretário da Habitação Ricardo Pereira Leite, são essenciais aportes federal e estadual, e eventualmente, privados.
Após a entrega ao prefeito, o plano passará por uma série de audiências públicas.
Integrante do conselho municipal, o urbanista Kazuo Nakano, criticou a ausência de uma política fundiária articulada ao plano.
"É necessário regular o preço da terra e destinar áreas para habitações de interesse social", afirma.
Líderes de movimentos sociais veem o projeto com ceticismo. "Com o ritmo dos investimentos que existem hoje, o discurso é desmentido pela realidade", diz Benedito Barbosa, da União dos Movimentos de Moradia, também conselheiro da habitação.

PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

A PROPOSTA

Eliminar, até o ano de 2024, o deficit habitacional na cidade de São Paulo e as moradias precárias, com prioridade para a urbanização de assentamentos em más condições, criação de um sistema de subsídio para aluguéis e construção de novas moradias

3 milhões
de pessoas vivem em assentamentos precários hoje em São Paulo

R$ 3,4 bilhões
seriam necessários anualmente para eliminar o deficit habitacional na cidade


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