Belo Horizonte (MG) se arma para evitar tragédias no próximo período chuvoso
Belo Horizonte (MG) se arma para evitar tragédias no próximo período chuvoso
05/05/2010 Fonte: Glória Tupinambás - Estado de Minas
"Radar meteorológico, pluviômetros e sistema integrado para alerta de alagamento e inundação. Essas são as principais armas da Prefeitura de Belo Horizonte para enfrentar o próximo período chuvoso, previsto para começar em outubro. As estratégias foram anunciadas, ontem, durante apresentação do balanço oficial da última temporada de chuva - de outubro de 2009 a março deste ano. O levantamento comprova que houve uma mudança drástica no perfil das tragédias decorrentes dos temporais na capital. A cidade que já chorou inúmeras mortes em deslizamentos de terras e encostas de vilas e favelas, hoje vive o drama das inundações e enchentes.
Na lista das promessas para vencer os novos desafios trazidos pelas chuvas, está a compra de um radar meteorológico, orçado em R$ 12 milhões. O equipamento, que está sendo adquirido em parceria com a Cemig, é semelhante aos usados nos circuitos de Fórmula 1 e tem capacidade de prever, com precisão, a chegada e a intensidade de temporais, chuvas de granizo e ventos fortes. As informações captadas serão enviadas, pela internet e por mensagens de celular, para técnicos da Defesa Civil que tomarão as providências necessárias nas comunidades a serem atingidas. "O sistema eletrônico de monitoramento dos riscos está previsto para entrar em operação ainda este ano. E o radar que está sendo adquirido vai se somar aos trabalhos em 2011", disse o prefeito de BH
De acordo com o balanço apresentado ontem, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) e o Corpo de Bombeiros registraram 914 deslizamentos, escorregamentos de terra e situações de risco dessas ocorrências na capital no último período chuvoso. Os danos e riscos de danos em moradias aparecem em segundo lugar na lista de problemas, com 762 registros. Em seguida, aparecem as 699 ocorrências de alagamentos e inundações. A queda e o risco de queda de árvores ocupam o quarto lugar, com 677 chamados.
Apesar de não estarem no topo do ranking de ocorrências, as árvores são motivo de preocupação e alerta das autoridades. As três mortes registradas nas últimas chuvas foram decorrentes da queda de uma árvore no Hospital Júlia Kubitschek, na Região do Barreiro, em 15 de janeiro. Segundo o levantamento, foram realizadas 16.553 podas e 301 cortes de árvores nas regiões Centro-Sul, Pampulha e Noroeste de BH entre outubro de 2009 e março de 2010, mas as ações não foram suficientes para evitar óbitos e prejuízos incalculáveis.
Entre as obras que estão sendo executadas para contenção das cheias, a prefeitura destacou as dos córregos Olaria/Jatobá, Bonsucesso, Santa Terezinha, Engenho Nogueira e da Avenida Belém, além da recuperação do fundo do Ribeirão Arrudas e o Complexo da Avenida Várzea das Flores."
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