Sunday, March 11, 2007

Licenciamento de obras em APPs Urbanas

DEBATE Licenciamento de obras de Habitação de Interesse Social em Áreas de Preservação Permanente (APPs) Urbanas
Campinas, 13 de março de 2007


Data/ hora: 13 de Março de 2007 - das 9 às 13 horas


Onde: Auditório 800, Prédio H1 – Campus I da PUC Campinas


Debatedores:


Maria Lucia Refinetti Martins, professora da FAU USP e pesquisadora do LABHAB.


Sílvio Figueiredo, Secretário executivo do GRAPROHAB, da Secretaria de Habitação Estadual


Rosana Denaldi, Secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Santo André;


Leda Valverde, coordenadora do Programa de Regularização Fundiária de Campinas.


Raquel Rolnik, Secretária Nacional de Projetos Urbanos do Ministério das Cidades


O debate é aberto ao público.


Público alvo:


· alunos da PUC Campinas, particularmente, do Mestrado em Urbanismo,


· técnicos das prefeituras municipais e


· técnicos de órgãos públicos relacionados a habitação, saneamento, meio ambiente e regularização dos municípios da Região Metropolitana de Campinas e arredores


APRESENTAÇÃO:


O Brasil tem feito um enorme e recente esforço por regularizar urbanística e fundiariamente diversas situações de moradia. Trata-se evidentemente de um trabalho que visa resgatar o direito à dignidade de famílias que, sem moradia e à falta de opção mais aceitável, fixaram residência em áreas colocadas à margem do mercado imobiliário e muitas vezes com trechos que apresentam restrições legais ao uso e ocupação do solo. As condições de risco geotécnico e sanitário dessas famílias constituem uma parte importante do passivo socioambiental vivido em nossas cidades.


É o caso das faixas marginais a cursos dá água, denominadas de áreas de preservação permanente – APPs - pelo Código Florestal, de 1965, modificado em 1989 e 2001. Somente em 2006 foi aprovada pelo CONAMA a Resolução 369, que procura regulamentar as condições para intervenção nas APPs urbanas no caso de interesse público ou social. Tem apresentado dificuldades na aplicação, devido à falta de consideração de aspectos do meio urbano nas exigências.


No Estado de São Paulo, a Constituição Estadual de 1989 somente recentemente foi modificada (Emenda Constitucional 23 de 31/1/07), resgatando a possibilidade de alteração de destinação de áreas públicas para uso habitacional. Até o momento a atuação do GRAPROHAB não tem agilizado os processos de regularização e de habitação social em geral.


A partir de 2003 foram ampliadas as fontes de recursos para que estados, municípios e mesmo empreendedores privados e comunidades possam promover obras e ações para a regularização.


O avanço brasileiro na capacitação institucional e maior controle sobre a qualidade do uso dos recursos públicos vêm fortalecendo os mecanismos de licenciamento urbanístico e ambiental de obras em geral.


Ocorre então um paradoxo , que é o objeto central do debate proposto: As ações voltadas à adequação da moradia precária vêm-se tolhidas pelo seu tratamento legal e administrativo igualado às obras para novos parcelamentos e edificações.


Nem todas as situações que serão objeto de atual ou futura regularização são localizadas em áreas de proteção permanente. Mas muitas delas o são. A este debate interessam sobretudo as áreas de moradia com habitações de interesse social consolidadas, em que a regularização possa garantir um mínimo de proteção ambiental às áreas de APP e regularizáveis segundo a legislação municipal e ou de outros níveis.


Este debate pretende fixar olhares nessas situações muito específicas para tentar responder as perguntas, com foco especial no Estado de São Paulo: há ou não um limite ambiental para essa regularização? Qual é o limite da regularização dessas áreas? Será que é o todo dessas áreas que precisa ser regularizado? Quais os critérios que devem ser utilizados para essas regularizações?


O debate tem como objetivo a preparação do Seminário Nacional sobre o Tratamento de Áreas de Preservação Permanente em Meio Urbano e Restrições Ambientais ao Parcelamento do Solo de 04 a 07 de setembro de 2007 na FAU-USP, São Paulo.


Tem a iniciativa da:


· ANPUR – Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional


· ANAMMA – Associação Nacional de Orgãos de Meio Ambiente Municipais –


· FAUUSP - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (Área de Concentração Habitat)


· PUC Campinas - Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da (Grupo de Pesquisa Água no Meio Urbano)


· IPPUR/UFRJ - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ


· UFMG - Programa de Pós-Graduação em Geografia


· UFRN - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo


Estas entidades realizarão debates em seus estados de origem, antes do Seminário Nacional, razão pela qual a realização deste debate em Campinas significa o cumprimento do comprometimento assumido pela PUC CAMPINAS com as demais entidades organizadoras.


Esperamos contar com sua presença, imprescindível para que o debate tenha sucesso e traga indicações para o aprimoramento.


Organização:


LAURA MACHADO DE MELLO BUENO – Grupo de Pesquisa Água no Meio Urbano


JOÃO LUÍZ P.G. MINICELLI – Grupo de Pesquisa Regulação urbanística




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