Sunday, April 22, 2007

Vamos debater limites à construção Baixa renda?(Rio)

GABARITO DO RIO E ÁREA MÍNIMA DAS UNIDADES RESTRINGEM CONSTRUÇÕES PARA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA
Limite de 12 metros de altura foi estabelecido em 1990 para bairros sem um PEU



O presidente da Ademi (Associação de Empresas Dirigentes do Mercado Imobiliário), Márcio Fortes, levantou uma série de fatores que contribuem para a escassez da oferta de moradias para a população de baixa renda no município do Rio de Janeiro. O primeiro deles é o gabarito: em 1990, o limite de 12 metros de altura foi estabelecido para prédios erguidos em bairros ainda sem um Projeto de Estruturação Urbana (PEU). Apenas edificações em centro de terreno poderiam ultrapassar essa altura.


- A idéia era congelar os bairros até que fossem elaborados os PEUs. Conclusão: a cidade foi congelada em termos urbanísticos e assim permanece até hoje - avalia Fortes.


Também foi detectado como fator limitante a área mínima por unidade. Na Zona Sul, somente é permitida a construção de pequenas unidades (30 m2) nas vias principais, no centro dos bairros. "Em Copacabana, a situação é agravada pela obrigatoriedade da oferta de duas vagas de garagem por apartamento de quarto e sala", aponta o presidente da Ademi.


A Zona Norte oferece algumas condições ainda mais adversas. Em uma mesma área, pode-se construir um empreendimento duas vezes maior na Zona Sul que na Zona Norte. Para Fortes, esse conjunto de medidas fez do Rio de Janeiro uma das cidades mais restritivas em termos de legislação urbanística.


- Isso ajuda a explicar o rápido crescimento das favelas (de 20%, contra 1% da construção formal) e a migração do mercado imobiliário para outras cidades, como Niterói e São Paulo, o que reduz a oferta de unidades novas e de empregos no Rio - comenta Fortes.


O presidente da Ademi completa que, com o anúncio do Governo federal de uma injeção de recursos no setor de construção civil, é fundamental que a população, o empresariado, agentes do mercado financeiro e o poder público unam-se para a criação de mecanismos de incentivo à renovação urbana do Rio de Janeiro.
Fonte: Jornal ADEMI 2007

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