Centro do Rio: um bairro à espera de revitalização
Centro do Rio: um bairro à espera de revitalização
O Centro do Rio vai ser revitalizado e já existe um projeto modelo em andamento. É um projeto pioneiro: a reforma de um velho casarão situado na Rua Regente Feijó, 23, esquina da Rua da Constituição, 21, para abrigar nove famílias que moravam precariamente no local. Elas hoje recebem R$ 250 de aluguel provisório pago pelo Estado. A obra, no valor de R$ 782.870,11, foi iniciada há um mês.
Um convênio de cooperação técnica foi firmado entre a Secretaria de Estado de Habitação e a Associação da Moradia Digna das Áreas Centrais, com a interveniência da Cehab-RJ. Segundo técnicos que trabalham neste projeto social, a assinatura do convênio representa um grande desafio e um sonho de anos. A satisfação tomou conta de todas as famílias presentes à assinatura, no gabinete do secretário de Habitação. Com a recuperação do velho sobrado de dois pavimentos, elas voltarão a morar perto de seus trabalhos, bem no coração nevrálgico do Rio, ao lado de lojas, comércio variado e opções de transporte.
Os ocupantes terão acesso ao financiamento pelo Programa Crédito Solidário, administrado pela Caixa Econômica Federal, com verba do Ministério das Cidades. A previsão de entrega dos nove apartamentos é de 10 meses. Os imóveis terão 35 metros quadrados de área construída e cada morador vai pagar R$ 95 durante 20 anos, sem juros.
— Não havia linhas de financiamento para ocupação de famílias em prédios públicos. Pela primeira vez o Estado vai destinar próprios pertencentes ao patrimônio imobiliário do Rio para habitação popular. É um contra-senso termos tantos espaços vazios no Centro, prédios deteriorados ou em ruínas, precisando de preservação, quando há milhares de famílias que trabalham no Centro da cidade à espera de moradia. A revitalização desta área também vai revigorar a região portuária, um pólo cultural e turístico por excelência — disse o secretário Noel de Carvalho.
— O projeto de revitalização da Zona Central recupera o corredor histórico do Rio que no início do século XVIII era habitado pela elite. Hoje ele será destinado como local de residências dignas e próximas ao trabalho para a população de baixa renda — comentou o presidente da Cehab-RJ Luiz Fernando Anchite.
Matilde Guilhermina de Alexandre, presidente da associação das Áreas Centrais, acredita que a iniciativa das esferas governamentais é o pontapé inicial para novas soluções para habitação popular. — A cada dia cresce o número de moradores de rua, sem falar do abandono de centenas de prédios. Isso é um problema social muito grave — enfatizou Matilde.
Fonte: CEHAB/RJ
Data da Informação: 12/09/2008 Postagem: 12/9/2008
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