Trienal Internacional de Arquitetura de Lisboa 2007
Trienal Internacional de Arquitetura de Lisboa 2007
Lisboa, 31 de maio a 31 de julho de 2007
A 1ª edição da Trienal terá por tema “Vazios Urbanos”, focando sobre fenômenos de rarefação ou de ruptura urbana gerados por processos de decadência e degradação física e social de áreas das cidades.
A Trienal
A Trienal Internacional de Arquitetura de Lisboa 2007, que vai decorrer de 31 de Maio a 31 de Julho, pretende constituir-se como um ‘Festival’ de arquitetura participado pela comunidade local com capacidade para atrair um público internacional. Nesta iniciativa da Ordem dos Arquitetos – Secção Regional Sul em que contracenarão alguns dos mais relevantes autores e pensadores da atualidade mundial, a Arquitetura Portuguesa será pretexto para um importante fórum global destinado à reflexão, debate, prospecção e Divulgação da Arquitetura, desde o edifício, à cidade e ao planejamento territorial.
A Arquitetura é um dos campos mais vibrantes da Cultura em Portugal, com largo reconhecimento internacional, atraindo a atenção de público e imprensa estrangeiros com regularidade, sendo considerado um sector estratégico de afirmação de Portugal no contexto internacional.
Este contexto tem na figura de Álvaro Siza, recipiente do mais prestigioso prémio de arquitetura mundial - Prémio Pritzker 92 - a principal referência, e o seu motor numa nova geração emergente em Lisboa e no Porto fortemente empenhada no debate disciplinar. Esta circunstância tem permitido o estabelecimento de interessantes ligações com os principais centros de cultura arquitetônica em todo o mundo, que permitem que a Trienal de Arquitetura de Lisboa passe a figurar na ‘rota’ dos grandes eventos de arquitetura mundiais.
Para isso contribui o fato de, no segundo semestre de 2007, Portugal presidir ao Conselho da União Européia. Esta I edição da Trienal coincidirá com a Presidência Portuguesa, com quem partilha frentes de trabalho comuns. Os media internacionais que se deslocarão a Lisboa para acompanhar a presidência ficarão sediados no Pavilhão Atlântico, a poucos metros do Pavilhão de Portugal.
Paralelamente, a Trienal de Arquitetura foi incluída no Programa Cultural da Presidência Portuguesa e tem o Alto Patrocínio do Senhor Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva.
A Trienal de Lisboa 2007 terá sede no Pavilhão de Portugal, da autoria de Álvaro Siza Vieira. Construído em 1998, o Pavilhão está localizado no centro do atual Parque das Nações, na zona oriental de Lisboa, cujo território, outrora ocupado com indústria pesada, foi reabilitado para a realização da Exposição Internacional de Lisboa (Expo 98).
Disposto no limite de uma antiga doca, junto ao rio Tejo, o edifício reenquadra a ambigüidade da fronteira fluvial na respectiva duplicidade, entre a firmeza ancorada do volume fechado e a fluidez da enorme cobertura da praça anexa, intensa e aberta sobre o horizonte do chamado mar da palha. Tão iconográfico quanto vocacionado para uso público, o Pavilhão de Portugal é o lugar certo para este fórum cultural sobre a contemporaneidade arquitetônica.
A 1ª edição da Trienal terá por tema “Vazios Urbanos”, focando sobre fenômenos de rarefação ou de ruptura urbana gerados por processos de decadência e degradação física e social de áreas das cidades. São espaços expectantes, mais ou menos abandonados, mais ou menos delimitados no coração da cidade tradicional, ou mais ou menos indefinidos nas periferias difusas. São manchas de “não-cidade”, espaços ausentes, ignorados ou caídos em desuso, alheios ou sobreviventes a quaisquer sistemas estruturantes do território.
Para estes “Vazios Urbanos”, em muitas cidades do mundo, equacionam-se, debatem-se e concretizam-se novos conceitos e estratégias de intervenção, modelos de sustentabilidade e gestão, bem como plataformas de interação público/ privado. Também os “Vazios Urbanos” de Lisboa, quase sempre de origem pública, estão na ordem do dia e colocam inúmeras questões: Parque Mayer, Feira Popular, Vale de Alcântara, Vale de Chelas, Matinha, Quimiparque e Siderurgia. Ou ainda, na orla difusa, da Amadora à Falagueira, de Queluz à Portela de Sintra. Aliás, em toda a região metropolitana, os “Vazios Urbanos” são hoje notícia a pretexto de grandes projetos imobiliários que alteram profundamente a paisagem da cidade e território lisboetas.
Com este pano de fundo, a Trienal de Lisboa propõe-se refletir, debater e equacionar soluções, propostas, meios e instrumentos de intervenção. Nos palcos do fórum será dada voz a todos os atores: arquitetos, urbanistas, paisagistas, outros autores e pensadores.Como, também, a entidades administrativas, investidores, promotores e construtores envolvidos nas transformações em perspectiva para a metrópole lisboeta e portuense. O futuro das principais cidades e territórios urbanos do planeta depende, em muito, do destino destes “Vazios Urbanos”. E com estes, também, está chegada a altura de pensar e equacionar a Lisboa do século XXI.
Mais sobre Vazios Urbanos em www.trienaldelisboa.com
Os circuitos expositivos
Pólo 1 – Pavilhão de Portugal
Exposição Portugal
Exposição Países
Exposição Paisagem
Exposição Arquitectos Convidados
Exposição Universidades
Pólo 2 – Cordoaria Nacional
Exposição AMP/AML XXI
Exposição Promotores e Produtores
Pólo 3 - Fundação EDP – Central Tejo
Ciclo Arquitectura e Música
Pólo 4 – Cascais
Exposição Cascais XXI
Intervenções na Cidade
Extensões
Conferência Internacional de Arquitectura "O Coração da Cidade"
Teatro Camões, de 31 de Maio (5a feira) a 2 de Junho (Sábado) de 2007
Comissariado
Paulo Martins Barata (ETH Zurich)
Luis Fernández-Galiano (ETSA Madrid)
Luís Tavares Pereira (Princeton University)
A Conferência Internacional de Arquitetura será o principal evento de abertura da Trienal de Arquitetura de Lisboa que juntará num palco de reflexão sobre a cidade contemporânea mais de 25 convidados internacionais, entre arquitetos em exercício, urbanistas, artistas, críticos de arquitetura, filósofos e historiadores.
A conferência terá lugar durante três dias consecutivos e estará organizada em seis painéis diferentes cuja audiência está estimada em 800 pessoas, entre estudantes e profissionais de toda a Europa.
Em homenagem à 8a conferência dos CIAM intitulada "O Coração da Cidade" que teve lugar em Hoddesdon em 1951, o tema tenta provocar um debate sobre a permanente evolução da definição de cidade contemporânea. Será que a noção de centro - no sentido primário de centro cívico - ainda é capaz de agir como condensador cultural e emocional da idéia de comunidade? Será que a cidade ainda funciona como iluminada instituição de uma realidade para além do domínio romanceado da indústria do turismo ou da projeção do nosso ideal? Poderá a noção de cidade, como todo coeso e característico, suportar as contradições do cosmopolitismo como nova materialidade de uma espécie de não-comunidade? Será que a idéia de cidade como lugar de permanência e memória pode ser posta à prova pela crescente espiral de fluxos culturais, físicos e migratórios? Será que a condição da periferia da cidade é a de permanecer para sempre um lugar sem centro ou será possível uma forma palpável de mutação que permita a criação de um centro periférico; tornar-se-á o não-lugar algum dia um lugar? Tendo como fim alargar os nossos horizontes sobre a questão da mudança do papel cidade, arquitetos, historiadores, críticos, artistas e urbanistas levantarão estes e outros aspectos nesta conferência.
Programa
Quinta-feira, 31 de Maio (Manhã)
Sessão 1 - Redifinir o Centro
Moderador
Luis Fernández-Galiano | Arquitectura Viva, Madrid
Participantes
Richard Sennett | Professor, LSE
Eduardo Souto de Moura | Souto de Moura Arquitectos, Porto
Jean Nouvel | Ateliers Jean Nouvel, Paris
Quinta-feira, 31 de Maio (Tarde)
Sessão 2 - Realidade e Cenografia
Moderador
Paulo Martins Barata | Promontório Arquitectos, Lisboa
Participantes
Peter Märkli | Peter Märkli Architekten, Basileia
Mark Wigley | Dean and Professor, Columbia University, Nova Iorque
Steven Holl | Steven Holl Architects, Nova Iorque
Sexta-feira, 1 de Junho (Manhã)
Sessão 3 - Formas de Cosmopolitanismo
Moderador
Kenneth Frampton | Ware Professor of Architecture, Columbia University
Participantes
Elizabeth Diller | Diller and Scofidio + Renfro, New York
Alejandro Zaera-Polo | Foreign Office Architects
João Pedro Serôdio | Serôdio Furtado Arquitectos, Porto
Sexta-feira, 1 de Junho (Tarde)
Sessão 4 - Fluxo e Permanência
Moderador
Nuno Grande | Arquitecto e Crítico, Porto
Participantes
Françoise Choay | Professor de Urbanismo, Paris I et VIII
Zaha M. Hadid
Zaha Hadid Architects, Londres
Francisco Mangado
Arquitecto, Pamplona
Sábado, 2 de Junho (Manhã)
Sessão 5 - O Centro da Periferia
Moderador
Kurt W. Forster | Professor Visitante, Yale School of Architecture
Participantes
Bjarke Ingels | BIG Architects, Copenhague
Manuel Graça Dias | Contemporânea, Lisboa
Emilio Tuñón | Mansilla+Tuñón, Madrid
Sábado, 2 de Junho (Tarde)
Sessão 6 - Cidades Instantâneas, Centros Instantâneos?
Moderador
Diogo Lopes | Arquitecto e Crítico, Lisboa e Zurique
Participantes
Saskia Sassen
Ralph Lewis | Professor de Sociologia, University of Chicago
Kazuyo Sejima | SANAA, Tokyo
Jacques Herzog | Herzog & de Meuron Architekten, Basileia
Pólo 1 – Pavilhão de Portugal
Exposição Portugal
Europa, arquitetura portuguesa em emissão
Comissariado
Jorge Figueira e Nuno Grande
A Exposição Europa, Arquitetura portuguesa em emissão, pretende olhar a Arquitetura Portuguesa como uma realidade que traduz uma idéia de Europa: primeiro como “mito” – no Estado Novo, na experiência colonial, na Revolução de 1974, e no período pós-revolucionário – e, mais tarde, como uma “realidade” que se confronta com uma identidade “difusa” – pós-tratado de Adesão, pós-acordo de Schengen, pós-11 de Setembro e pós-crise da Constituição Européia.
A sua estrutura expositiva utiliza, neste sentido, a imagem televisiva como “fio condutor” metafórico, tendo em conta que esta se tornou num espelho eloqüente dessa passagem do “mito” para a “realidade” européia. Esses dois períodos serão assim denominados na exposição:
Eurovisão
Eurovisão situa-se entre o início das emissões televisivas nacionais e o ano de adesão do país à CEE (1956-85), um tempo longo em que a Arquitetura Moderna Portuguesa se afirma tardiamente, aquém e além-mar, para logo ser questionada entre uma via regionalista e uma (possível) incursão pós-moderna. Da decadência do Estado Novo à agitada construção da Democracia, este é também o tempo em que a “longínqua” Europa nos é mostrada pela EUROVISÃO. Neste sector, e tendo como fundo imagens iconográficas “de época”, exibem-se cerca de dez obras emblemáticas da Arquitetura Portuguesa, edificadas entre as décadas de 50 e de 80.
Euronews
EuroNews, situa-se entre o otimismo inicial da integração comunitária e os primeiros sinais de crise de identidade européia (1986-2006), um tempo de aceleração em que a Arquitetura Portuguesa se internacionaliza, mas também se afirma, a nível nacional, como veículo qualificador das áreas metropolitanas, e lentamente, das cidades médias. Da aplicação dos fundos comunitários à necessidade de repensar o papel estratégico dessas cidades na Globalização, este é também o tempo em que nos sentimos mais um país, entre tantos, na tela da Euronews. Neste sector, e tendo como fundo as imagens dessa estação televisiva (em real time) exibem-se cerca de 15 obras recentes da Arquitetura Portuguesa, identificadas pelo “mosaico” de cidades onde foram edificadas. Na transição entre os dois núcleos, propõe-se a projeção de um filme documental, denominado Cinema Português no qual se compilam, criticamente, uma série de imagens televisivas em torno da construção de grandes obras de arquitetura, como o Centro Cultural de Belém e a Casa da Música, e de grandes “eventos” , como a EXPO´98 e o EURO 2004, evocando, assim, alguns dos momentos dessa nossa “aceleração” face aos fenômenos globais de mediatização político-cultural.
Em síntese, EUROPA, Arquitetura Portuguesa em Emissão pretende pensar o Portugal contemporâneo na sua relação com a restante cultura européia, aproveitando um momento particularmente propício – o da Presidência Portuguesa da União Européia, a decorrer no segundo semestre de 2007.
Conteúdos Expositivos
Obras selecionadas em Eurovisão
1. Bairro das Estacas, 1949-1955, Lisboa
Autores: Ruy Athouguia e Formosinho Sanchez
2. Mercado do Kinaxixe, Anos 1950-1952, Luanda
Autor: Vasco Vieira da Costa
3. Edifício do Leão que ri, 1954-1955, Lourenço Marques/Maputo
Autor: Amâncio (Pancho) Guedes
4. Mercado Vila da Feira, 1953-1959, Vila da Feira
Autor: Fernando Távora
5. Hotel do Mar, 1958-1964, Sesimbra
Autor: Francisco Conceição Silva
6. Igreja do Sagrado Coração de Jesus, 1961-1970, Lisboa
Autores: Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas
7. Pantera Cor-de-rosa, 1971-1975, Lisboa
Autor: Gonçalo Byrne
8. Bairro de S. Vítor, SAAL, 1974-1977, Porto
Autor: Álvaro Siza
9. Bairro de Chelas, 1975-1978, Lisboa
Autor: Tomás Taveira
10. Bairro Fai Chi Kei, 1978-1982, Macau
Autor: Manuel Vicente
11. Bonjour Tristesse, 1983-1985, Berlim
Autor: Álvaro Siza
Obras selecionadas em EuroNews
1. Almada – Teatro Municipal, “Teatro Azul”, Manuel Graça Dias e Egas José Vieira
2. Barcelona – Piscina de Cornellà, Álvaro Siza
3. Barreiro – Escola Técnica, ARX
4. Bragança – Museu de Arte Contemporânea de Bragança, Eduardo Souto Moura
5. Calheta – Museu da Calheta, Madeira, Paulo David
6. Cartaxo – Teatro do Cartaxo, Diogo Burnay e Cristina Veríssimo
7. Coimbra – Laboratório Chimico, João Mendes Ribeiro/Atelier do Corvo
8. Guarda – Teatro Municipal, Carlos Veloso
9. Leuven – Sede do Cantão do Brabante Flamengo, Gonçalo Byrne
10. Macau – Praça Nam Vam, Manuel Vicente
11. Mourão – Museu da Luz, Pedro Pacheco e Marie Clément
12. Poitiers – Teatro em Poitiers, França, João Luís Carrilho da Graça
13. Palmela – Fábrica INAPAL, Francisco Vieira de Campos
14. Porto Alegre – Museu Iberê Camargo, Brasil, Álvaro Siza
15. Sines – Centro Cultural de Sines, Aires Mateus
16. Vila Real – Conservatório de Vila Real, António Belém Lima
Obras retratadas no espaço de transição (documentário de Edgar Pêra)
1. Centro Cultural de Belém
2. Expo’98
3. Porto 2001, Casa da Música
4. EURO 2004
Exposição Países
Comissariado
José Mateus, Luís Tavares Pereira
Para a Exposição Países, a limitação do espaço levou-nos a escolher um número restrito de apenas 10-15 países, representando uma amostra de situações atuais e diversificadas, de elevado interesse arquitetônico. Os critérios que presidiram a esta seleção foram a relação com o tema dos Vazios Urbanos e o estabelecer de ‘pontes’ com a arquitetura portuguesa amplificando os seus sentidos e permitindo outras equações disciplinares: países com desempenhos arquitetônicos paradigmáticos e contaminadores no contexto global; países afins aos anteriores mas emergentes na cena internacional, desafiando a sua periférica contingência através de novos e estimulantes desempenhos; países que apontam para realidades tão distintas das anteriores quanto desafiadoras pela magnitude das respectivas realidades, entre problemáticas, transformações e intervenções; e, enfim, países cuja arquitetura exerce forte influência sobre a arquitetura portuguesa.
Segundo os critérios expostos foram convidados vários países para a 1ª edição da Trienal, estando confirmados: Alemanha, Chile, Eslovénia, Espanha, França, Holanda, Irlanda, Japão e México.
O conteúdo das exposições será da responsabilidade dos respectivos Comissários Nacionais e constitui produção de investigação original e específica para o tema da Trienal.
Cada país ocupará um espaço de 50-80m2 na estrutura expositiva geral montada pela organização, de acordo com o projeto que resultou do concurso para a adaptação do interior do Pavilhão de Portugal ao projeto da Trienal. Fica a seu cargo a montagem dos conteúdos, para o que cada representação nacional conta com apoios institucionais de entidades públicas e privadas dos respectivos países. Nos contactos com estas instituições, a Trienal teve o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros e das Embaixadas dos países convidados.
Os Comissários dos países foram escolhidos por uma equipa formada pelo Comissário Geral (José Mateus), Comissário dos Países Participantes (Luis Tavares Pereira) e Comissário Científico (João Rodeia), e incluiu a consulta a alguns arquitetos com trabalho reconhecido mundialmente no campo da concepção e teoria da arquitetura.
Países confirmados
Irlanda
Comissários
Peter Cody e Peter Carroll
Título
“The Urban Void in the Extended City: Dublin” (O Vazio Urbano na cidade em extensão: Dublin)
Apoio Institucional
Culture Ireland
Alemanha
Comissário
Gerrit Confurius
Título
“Urban Voids” (Vazios Urbanos)
Apoio Institucional
Deutsche Kulturstiftung
Chile
Comissário
Horacio Torrent
Título
Chile: Arquitetures From The South. (Chile: Arquiteturas do Sul)
Apoio institucional
Pontificia Universidad Católica de Chile
Eslovénia
Comissário
Andrej Hrausky
Título
a indicar
Apoio Institucional
Dessa
Espanha
Comissário
Aurora Per e Javier Mozas
Título
a indicar
Apoio Institucional
Consejo Superior de Arquitectos de España
França
Comissário
a indicar pelo país
Título
a indicar
Apoio Institucional
FranceCulture/IFP
Holanda
Comissário
Hans Ibelings
Título
Urban implosions. Horror vacui in the Netherlands
Apoio Institucional
Nai
Japão
Comissário
Taro Igarashi
Título
Project of the Imperial Palace Museum; Research and Project of Tokyo Voids; Practice and introduction of Parasite Architecture
Apoio Institucional
Japan Foundation
México
Comissários
Enrique Martin-Moreno Carrancedo * Ania Calderón * Daniel Daou * Jorge Munguia * Alejandro Ramos * Clorinda Romo * Guillermo Ruiz de Teresa
Título
a indicar
Apoio Institucional
Conaculta
Exposição Paisagem
Instituto Geográfico do Exército
Paisagem
Lugares e Transferência: espaço, ideologia e ação
Comissariado
Claudia Taborda e Catarina Raposo
I. A Exposição Lugares e Transferência: espaço, ideologia, ação consistirá numa divulgação de reflexões, imagens, idéias e modelos de cidade durável gerados sobre uma realidade que, num enquadramento especulativo e decorrente de várias propostas políticas governamentais recentes, admite a possibilidade de transformação. Aquela se antecipa como o maior vazio urbano legado à cidade de Lisboa no primeiro quartel do século XXI: o Aeroporto da Portela e a territorialidade circundante. O espaço vacante será interpretado como oportunidade potencial para configurar a realidade de uma cidade durável, exigindo uma reflexão integrada e inovadora sobre situações e condições que afetam os sítios sujeitos a transformações e apropriações transitórias.
No contexto desta exposição, o vazio urbano é interpretado como um espaço de contingência e emergência que desafia as práticas arquitetônicas, sociológicas, artísticas e políticas para a experimentação de processos de fusão, expansão, integração e inovação capazes de assegurarem a dinâmica do projeto urbano sem descontinuidades, assimetrias, fragmentações ou rupturas irreconciliáveis, quer de ordem ecológica, quer cultural.
Nos contextos da urbanidade, o vazio não é necessariamente uma representação do nulo ou do negativo. O vazio interpretar-se-á como uma categoria de diferença positiva associada a expressões de exclusão, não reconhecimento, abandono, alienação, expugnação, não ocupação e invisibilidade, que podem resultar de processos reorganizadores da funcionalidade da cidade: - espaço cultural de caráter socioeconômico.
A exposição estruturar-se-á em três momentos distintos e complementares:
1 – Portela 2007: mostrará um projeto artístico da autoria de Paulo Catrica, onde se exibirão imagens da realidade que atualmente caracteriza o vazio urbano em discussão.
2 – Portela 2050: apresentará diferentes modelos de cidade durável resultantes da investigação, experimentação e inovação projetual e ideológica que projeta, sobre a potencialidade do vazio urbano na realidade de Lisboa, um espaço de paisagem como infra-estrutura e processo da transformação da cidade. As propostas expostas são da autoria de Gonçalo Byrne+Manuel Fernandes de SÁ, Chora, James Corner/FO, Michel Desvigne, João Gomes da Silva, Nuno Portas+NPK e PROAP.
3 - Narrativa do Vazio: exibirá uma instalação-vídeo na qual se mostram reflexões sobre o conceito de vazio numa perspectiva pluridisciplinar.
Exposição Arquitetos Convidados
Comissário
José Mateus
“Nascidos nos anos 50“, embora remeta, aparentemente, para um princípio unificador, é na sua essência uma exposição sobre diferenças. É, um reflexo, de uma realidade cultural bastante fragmentada, a nível mundial, evidente na obra dos arquitetos convidados. Para além da década em que nasceram, outro dado comum que possuem é a grande intensidade do seu trabalho, que, em qualquer dos casos, evidencia uma extraordinária exigência relativamente à sua prática, e nos surpreende em cada nova abordagem. São percursos profissionais consolidados através de meticulosa investigação e de processos de sucessivas descobertas.
Os cinco autores convidados (dos quais quatro já estão confirmados, respectivamente Diller&Scoficio + Renfo, Mansilla+Tuñón, João Luís Carrilho da Graça, Eduardo Souto de Moura), oriundos de espaços culturais distintos, percorrem caminhos aparentemente antagônicos. Partindo dessa constatação, a concepção das exposições é deixada ao livre-arbítrio de cada arquiteto. Poderão ser de caráter monográfico, auto-referenciado, incorporando, ou não, a presença de outros projetos/ objetos da sua autoria. Antevêem-se assim, diferentes graus de ligação, reação ou completa e deliberada autonomia, relativamente ao espaço em que se instalam. As exposições patentes em “Nascidos nos anos 50“, serão sempre, a um certo nível, “Diálogos com Álvaro Siza“.
Exposição Universidades
Frentes Ribeirinhas em debate
Decorreu nos dias 21 e 22 de Outubro evento na Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos, em Lisboa, o Seminário "O Estuário do Tejo - Reflexão sobre as suas frentes de água", organizado pela APL em colaboração com a Trienal Internacional de Arquitetura de Lisboa 2007. O Seminário Frentes Ribeirinhas foi o prólogo da Exposição Universidades, no âmbito da qual serão expostos os melhores trabalhos de alunos finalistas de 14 escolas de arquitetura portuguesas sobre o tema Vazios Urbanos. O evento contou com a presença da Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino e de aproximadamente 500 alunos finalistas de arquitetura e respectivos docentes de 15 universidades de todo o país, bem como, com um conjunto multidisciplinar de 20 oradores. Durante os dois dias de debate foi discutido abertamente o estuário do Tejo como fator de sustentabilidade, centralidade e convergência de recursos na Área Metropolitana de Lisboa, bem como, motor do crescimento socioeconômico pela via das atividades portuárias que suporta.
A APL associou-se à Trienal Internacional de Arquitetura de Lisboa 2007 para empreender a Exposição Universidades, que consiste num trabalho de investigação acadêmico em que os alunos finalistas de todas as faculdades de arquitetura do pais, farão incidir os seus trabalhos de fim de curso sobre a área de jurisdição da APL, mais concretamente nas suas áreas expectantes.
“Lugares em Espera”
Comissariado
José Adrião e Ricardo Carvalho, Arquitetos
Tema
Propõe-se como objeto de reflexão a área metropolitana da Grande Lisboa - com dois milhões e quinhentos mil habitantes - e a sua Exposição central constituída pelo estuário do Tejo e pela ocupação milenar das suas margens. A condição da cidade contemporânea é essencialmente fragmentária e descontínua, e o estuário do Tejo não foge a essa condição. Os tecidos e as práticas de socialização urbanas, neste início de século, expandem-se muito para além da cidade consolidada gerando espaços híbridos com características particulares e singulares. Estes espaços convocam em simultâneo a cidade e o campo, o natural e o artificial, a abundância e a escassez, a indústria obsoleta e a indústria ativa, áreas mono funcionais e a desertificação sazonal ou pendular, o espaço público e o espaço privado, num esboroamento de fronteiras físicas e sociais.
Se até ao final da década passada os espaços com estas características eram vistos como lugares desregulados e negativos, hoje, através da reflexão conjunta de arquitetos, artistas, sociólogos do espaço, é já possível antever inclusão desses lugares nas estratégias de transformação da cidade contemporânea. Paradoxalmente estes lugares possuem muitas vezes localizações privilegiadas relativamente a áreas da cidade profundamente consolidadas. Constituem-se como lugares de exceção que incorporam em simultâneo a condição híbrida de periferia e de centro.
Lugares
Propõem-se quatro espaços onde urge uma ação transformadora, face aos temas antes enunciados e um quinto que constitui a justificação, o motivo e a reflexão sobre o tema.
1 - Zona Ribeirinha Poente - Lisboa
Lança-se a hipótese de que a médio/ longo prazo o eixo ferroviário da linha Lisboa-Cascais seja desativado entre o Cais do Sodré e Algés, zona onde será construído um novo interface de transportes públicos. Esta hipótese permitirá restabelecer a relação entre o tecido urbano da zona ribeirinha de Lisboa e as margens do rio. Trata-se, neste caso, de uma área urbana que possui escassa informação histórica e em simultâneo grande capacidade de atração enquanto espaço público. Pretende-se lançar uma reflexão em torno do espaço ribeirinho, separado da cidade pelas infra-estruturas viárias, e a redefinição do espaço deixado vazio pela desativação da linha de caminho de ferro. Pede-se uma estratégia que defina uma nova permeabilidade entre a cidade e o rio.
2- Rua da Manutenção em Xabregas - Lisboa
Pretende-se lançar um desafio de reflexão em torno do conjunto de vazios urbanos dispersos pela área de Xabregas que se agrupam entre a cidade consolidada e o rio. Trata-se de um conjunto de vazios que possuem densa informação histórica e em simultâneo pouca capacidade de atração enquanto lugar urbano apesar de ocupações recentes ligadas à cultura contemporânea. Propõe-se como programa estabelecer uma estratégia arquitetônica que sirva as populações locais mas também um modo de atrair novos habitantes, que possam regenerar um tecido deprimido socialmente.
3 - Fábrica desativada no Ginjal – Almada
O casco em ruína da Fábrica de Óleo Fígado de Bacalhau situado na encosta norte de Almada, sobre o cais do Ginjal, oferece a possibilidade de uma nova ocupação programática que poderá ser determinante para a revitalização da zona ribeirinha do Ginjal. Este edifício implantado num promontório sobre o rio Tejo além de incorporar – pelos usos a que se destinou – uma ocupação milenar das margens do rio Tejo dedicada à transformação de produtos de pesca, tem na sua proximidade o sítio arqueológico de Almaraz. Propõe-se abordar a redefinição programática do edifício, as relações com a envolvente, e a criação de um equipamento que se constitua como pólo mas também charneira entre as cidades de Almada e Lisboa.
4 – Quinta Braamcamp - Alburrica, Barreiro
No lote vazio da Quinta Braamcamp sobre o Rio Tejo, situada a poente da zona urbana do Barreiro, o P.D.M. prevê uma ocupação com novos usos que podem definir uma nova centralidade na cidade. Propõe-se uma abordagem às possibilidades geradas pela condição de “área expectante” através da criação de áreas habitacionais e equipamentos públicos, bem como de uma intervenção paisagística que valide a edificação nesta área que se encontra hoje num precário equilíbrio ecológico.
5 – O Estuário como o centro da Grande Lisboa
Propõe-se como objeto de reflexão a área metropolitana da Grande Lisboa - com dois milhões e quinhentos mil habitantes - através do seu núcleo central constituído pelo estuário do Tejo e pela ocupação milenar das suas margens. Pede-se uma abordagem que permita introduzir novos temas de discussão e que percorra as várias escalas, desde a territorial à local, de modo a propor uma transformação das relações atualmente existentes entre as partes.
Legado
A Trienal de Arquitetura de Lisboa pretende legar um conjunto de reflexões operativas às instituições responsáveis e enriquecer a comunidade com uma multiplicidade de olhares sobre territórios que ainda não entraram no imaginário coletivo. Em simultâneo pretende-se enriquecer as estratégias relativas à política urbana e ampliar a relação dos habitantes com a sua cidade.
Regulamento do Concurso Universidades/Nacional em http://www.trienaldelisboa.com
Regulamento do Concurso Universidades/ Internacional em http://www.trienaldelisboa.com
Instituições a Participar na Exposição Universidades - Lugares em Espera
Instituições Portuguesas
ESAP-Escola Superior Artística do Porto
EUAC-Escola Universitária das Artes de Coimbra
EUVG-Escola Universitária Vasco da Gama
FAUP-Faculdade de Arquitectura Univ do Porto
FA/UTL-Faculdade Arquitectura Univ Técnica de Lisboa *
FCTUC-Fac.Ciências Tec Universidade Coimbra
ISCTE-Inst Superior Ciências do Trabalho e da Empresa
UAL-Universidade Autónoma de Lisboa
UE-Universidade de Évora
UI-Universidade Independente
UM-Universidade do Minho
UL-HT-Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
ULL-Universidade Lusíada de Lisboa
ULP-Universidade Lusíada do Porto
* FA/UTL participará com 2 turmas de Urbanismo, 5 turmas de Arquitectura e uma turma de Interiores (3 departamentos distintos)
Data da notícia: 20/04/2007 – Fonte: Trienal de Arquitectura de Lisboa / Lisboa Portugal
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