Centro de BH recupera prestígio no mercado imobiliário
Centro de BH recupera prestígio no mercado imobiliário
Denise Menezes - Estado de Minas
Enviada por : Luis Valverde
Ações empreendidas pelo poder público já repercutem nos resultados das empresas do setor
Gladyston Rodrigues/Especial para o EM
Márcia Maria comprou apartamento no Centro para usá-lo enquanto escreve sua tese
A segurança mais eficiente, com a vigilância das câmaras do Programa Olho Vivo em pontos estratégicos, a retirada dos camelôs das vias públicas e a restauração de praças, calçadas e edificações históricas são exemplos de iniciativas implementadas pelo poder público, nos últimos quatro anos, que deram nova vida ao hipercentro de Belo Horizonte e já começam a se refletir na valorização dos imóveis da região.
Entre os sinais de recuperação do mercado local estão o crescimento acelerado da demanda por lojas e salas e o retorno de investimentos em empreendimentos residenciais, como o Edifício Chiquito Lopes, inaugurado no início do mês. O prédio, inicialmente de uso comercial, foi recuperado e transformado num moderno condomínio residencial pela Construtora Diniz Camargos, com investimento de cerca de R$ 10 milhões.
“Essa iniciativa mostra que os empreendedores voltam a se interessar pelo centro, que começa a recuperar seu prestígio, depois de anos de abandono e degradação”, diz o presidente do Sindicato do Mercado Imobiliário e das Administradoras de Condomínios de Minas Gerais (Secovi-MG), Ariano Cavalcanti. Ele avalia que as ações de revitalização do hipercentro, principalmente a retirada dos camelôs das ruas, associadas à recuperação econômica do país, estão permitindo um desenvolvimento qualitativo da região, com o retorno e instalação de grandes lojas e escritórios de importantes empresas.
Já o empresário Teodomiro Diniz Camargos, diretor da Diniz Camargos, considera que com mais segurança e um espaço urbano requalificado o centro voltou a ser um bom lugar para se morar, principalmente para idosos, jovens casais, solteiros e estudantes. “A região tem toda uma infra-estrutura de serviços e lazer e é servida por linhas de ônibus que fazem ligação com qualquer ponto da cidade”, observa.
Em negociações para lançar um novo empreendimento residencial no hipercentro, Teodomiro acredita que a região pode, inclusive, atrair, a exemplo do que ocorre em Nova York e Londres, moradores de alto poder aquisitivo, que já trabalham ou estudam no local. “É o resgate de um modo de vida antigo, em que é possível, sem a necessidade de carro ou grandes deslocamentos, ter acesso a tudo: trabalho, estudo, serviços, lazer e cultura. Isso já é realidade nas grandes metrópoles do mundo e BH começa a fazer parte desse circuito”, afirma.
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